quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Notícia: China anuncia, pela 1ª vez, metas de corte de emissão de CO2

A China, o maior emissor de gases que causam o efeito estufa, anunciou pela primeira vez uma meta de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa, a duas semanas da reunião global sobre clima em Copenhague.

Segundo a agência oficial Xinhua, o país cortará, até 2020, de 40% a 45% de sua "intensidade de carbono" comparada aos níveis de 2005.

A "intensidade de carbono", uma mensuração própria do país, corresponde ao montante de dióxido de carbono emitido para cada unidade de seu Produto Interno Bruto (PIB).

As autoridades dizem que a meta obedece "às condições nacionais" da China, um país emergente que vê o corte de emissões como uma ameaça ao seu crescimento econômico.

Ainda assim, especialistas fazem a ressalva de que ela não necessariamente levará a uma redução absoluta das emissões.

O anúncio veio a público um dia após os Estados Unidos confirmarem que vão oferecer, no encontro na Dinamarca, um corte de 17% nas suas emissões de carbono até 2020, em comparação aos níveis de 2005 - menos do que o desejado por cientistas e os países europeus

A Casa Branca confirmou na quarta-feira que o presidente americano, Barack Obama, estará presente no encontro, assim como o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, que confirmou sua ida nesta quinta-feira.

A cúpula tem por objetivo chegar a um acordo que substitua o Protocolo de Kyoto, que não foi ratificado pelos Estados Unidos e expira em 2012.
Redução de emissões

Entretanto, analistas creem que a meta anunciada pela China não necessariamente significará uma redução nas emissões.

O cálculo chinês é o único a utilizar a mensuração de intensidade de carbono, ou seja, a quantidade de CO2 emitido por cada unidade do produto interno.

O correspondente da BBC em Pequim, Quentin Sommerville, disse que o compromisso chinês é tornar as suas fábricas e sua infra-estrutura de energia mais eficientes na utilização de combustível, o que produziria menos gases causadores do efeito estufa.

Mas isto não significa que os níveis absolutos de carbono seriam reduzidos, observou o correspondente.

"Esta é uma ação voluntária tomada pelo governo chinês com base nas suas próprias condições nacionais e uma grande contribuição com os esforços globais de combate à mudança climática", afirmou o governo chinês em um comunicado reproduzido na agência oficial.

Na semana passada, o grupo de cooperação dos países da Ásia-Pacífico, Apec, liderado pela China e os EUA, havia decidido adiar para o ano que vem a definição de um acordo mundial sobre o clima.

O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Rasmussen, defende que a reunião de Copenhague defina acordos políticos sobre cortes de emissões dos países ricos e ações a serem adotadas por nações pobres e emergentes, com as metas obrigatórias sendo definidas em novas negociações em 2010.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Recicle para viver



O que é reciclagem ?

Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e reutiliza-los no ciclo de produção de que saíram. E o resultado de uma série de atividades, pela qual materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos.



Como reciclar ?




Passo a passo:


1. Procure o programa organizado de coleta de seu município ou uma instituição, entidade assistencial ou catador que colete o material separadamente. Veja primeiro o que a instituição recebe. Não adianta separar, por exemplo: plástico, se a entidade só recebe papel.

2. Para uma coleta de maneira ideal, separe os resíduos em não-recicláveis e recicláveis e dentro dos recicláveis separe papel, metal, vidro e plástico.

3. Veja exemplo de materiais recicláveis:

- Papel: jornais, revistas, formulários contínuos, folhas de escritório, caixas, papelão, etc.
- Vidros: garrafas, copos, recipientes.
- Metal: latas de aço e de alumínio’, clipes, grampos de papel e de cabelo, papel alumínio.
- Plástico: garrafas de refrigerantes e água, copos, canos, embalagens de material de limpeza e de alimentos, sacos.


4. Escolha um local adequado para guardar os recipientes com os recicláveis até a hora da coleta. Antes de guardá-los, limpe-os para retirar os resíduos e deixe-os secar naturalmente. Para facilitar o armazenamento, você pode diminuir o volume das embalagens de plástico e alumínios amassando-as. As caixas devem ser guardadas desmontadas.




Atenção:
Os objetos reciclados não serão transformados nos mesmos produtos. Por exemplo, garrafas recicláveis não serão transformadas em outras garrafas, mas em outros materiais, como solados de sapato.

Onde reciclar?

No Brasil existem unidades industriais com capacidade instalada para reciclar resíduos, e qualquer outro material que possa ser reciclado. Distribuídas de norte a sul do país, estas unidades são empresas transformadoras de matérias-primas, fabricantes de embalagens, retomadores e recicladores.

Poluição Ambiental





- Poluição atmosférica: a poluição atmosférica é aquele que afeta as condições do ar que respiramos. Suas principais fontes são as indústrias e os automóveis que lançam diversos tipos de gases na atmosfera como o dióxido de carbono, óxidos de enxofre e materiais particulados. Estes gases podem causar diversos danos à saúde humana como doenças respiratórias e alergias que são especialmente graves para crianças e idosos.





- Poluição da água: a poluição dos corpos hídricos (rios, lagos, etc.) é talvez a mais comum de todas as poluições. Durante toda a sua historia o homem sempre procurou locais próximos a cursos d’água para se estabelecer e acabou comprometendo a qualidade das águas ao lançar esgotos de indústrias, residências, e toda sorte de empreendimentos. Atualmente existem leis que proíbem este tipo de destinação para os esgotos, mas ainda são muitos os locais onde isso acontece devido, dentre outras coisas, à fiscalização deficiente. Outro agravante é que praticamente toda forma de poluição atmosférica e do solo acaba indo parar na água quando ocorrem as chuvas.




- Poluição do solo: todo resíduo que é despejado no solo sem cuidado algum (o que não é o caso de aterros sanitários, por exemplo) caracteriza um tipo de poluição. Os conhecidos “lixões”, locais para onde eram levados os resíduos produzidos em uma cidade, e que hoje em dia são ilegais, constituem uma fonte de poluição do solo assim como os agrotóxicos e defensivos agrícolas que, se usados indiscriminadamente podem provocar a contaminação do solo e, na ocorrência de chuva, dos corpos hídricos (quando a água da chuva arrasta para os rios e lençóis freáticos toda a poluição que estava no solo).






- Poluição térmica : Consiste no aquecimento das águas naturais pela introdução da água quente utilizada na refrigeração de centrais eléctricas, turbinas nucleares, refinarias, siderúrgicas e indústrias diversas. A elevação da temperatura afecta a solubilidade do O2 na água, fazendo com que esse gás se difunda mais facilmente para a atmosfera; isso acarreta uma diminuição de sua disponibilidade na água, o que prejudica diversas formas de vida aeróbicas aquáticas. A poluição térmica é causada também pelo aquecimento global, e pode acarretar a perda de grande parte da fauna marinha e lacustre.

Queimadas: mais desequilíbrio ambiental



A prática de realizar queimada promove uma série de problemas de ordem ambiental, tal fato tem ocorrido em diferentes pontos do planeta, os países subdesenvolvidos são os que mais utilizam esse tipo de recurso.

As queimadas são mais freqüentes em áreas rurais que praticam técnicas rudimentares de preparo da terra, quando existe uma área na qual se pretende cultivar, o pequeno produtor queima a vegetação para limpar o local e preparar o solo, esse recurso não requer investimentos financeiros.

Do ponto de vista agrícola, o ato de queimar áreas para o desenvolvimento da agricultura é uma ação totalmente negativa, uma vez que o solo perde nutrientes, além de exterminar todos os microrganismos presentes no mesmo que garante a fertilidade, dessa forma, a fina camada da superfície fica empobrecida e ao decorrer de consecutivos plantios a situação se agrava gradativamente resultando na infertilidade.





Outra questão que deriva das queimadas é o aquecimento global, pois a prática é a segunda causa do processo, ficando atrás somente da emissão de gases provenientes de veículos automotores movidos a combustíveis fósseis. Isso acontece porque as queimadas produzem dióxido de carbono que atinge a atmosfera agravando o efeito estufa e automaticamente o aquecimento global.

As queimadas praticadas para retirar a cobertura vegetal original para o desenvolvimento agrícola e pecuária provocam uma grande perda de seres vivos da fauna e da flora, promovendo um profundo desequilíbrio ambiental, às vezes em níveis sem precedentes.

No caso específico do Brasil, as queimadas tem sido responsáveis pela diminuição de importantes domínios brasileiros, principalmente a floresta Amazônica e o Cerrado, duas áreas intensamente exploradas pela agropecuária, o segundo é o mais agredido, pois segundo estimativas restam menos de 20% da vegetação original, pois o restante já foi ocupado por lavouras e pastagens e o primeiro nos últimos anos tem atraído muitos produtores, isso certamente causará grandes impactos em uma das áreas mais importantes do mundo e que deve ser conservada para as próximas gerações.

Desmatamento



O desmatamento é um processo que ocorre no mundo todo, resultado do crescimento das atividades produtivas e econômicas e principalmente pelo aumento da densidade demográfica em escala mundial, isso coloca em risco fundamentalmente regiões compostas por florestas.

A exploração que naturalmente propicia devastação através das atividades humanas já disseminou em cerca de 300 anos mais de 50% de toda área de vegetação natural em todo mundo.

A atividade de extrativismo vegetal é extremamente importante em vários países como o Brasil, com predomínio de florestas tropicais, assim como a Indonésia e o Canadá com florestas temperadas, e essa extração coloca em risco diversos tipos de vegetações distribuídas no mundo.
Atualmente a destruição ocorre em “passos largos” podendo ser medida, pois anualmente são devastadas cerca de 170.000 km2, os causadores da crescente diminuição das áreas naturais do planeta são dentre eles a produção agrícola e pastoril com a abertura de novas áreas de lavoura e pastagens, o crescimento urbano, a mineração e o extrativismo animal, vegetal e mineral.

Essa exploração é característica da Ásia, que por meio da extração de madeira já destruiu 60% de toda floresta, no Brasil o número é pouco menor, mas não menos preocupante, pois abrange cerca de 40% da área total do território.

As conseqüências da retirada da cobertura vegetal original são principalmente perdas de biodiversidade, degradação do solo e o aumento da incidência de processo de desertificação, erosões, mudanças climáticas e na hidrografia.

Camada de ozônio


A camada de ozônio é uma "capa" de gás que envolve a Terra e a protege de várias radiações, sendo que a principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal causadora de câncer de pele. Devido ao desenvolvimento industrial, passaram a ser utilizados produtos que emitem clorofluorcarbono , um gás que ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a formam (O3), causando assim a destruição dessa camada da atmosfera. Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas nocivos à Terra fica sensivelmente maior, aumentando as chances do câncer.Nas últimas décadas tentou-se evitar ao máximo a utilização do clorofluorcarbono e, mesmo assim, o buraco na camada de ozônio continua aumentando, preocupando a população mundial. As tentativas de se diminuir a produção do clorofluorcarbono , devido à dificuldade de se substituir esse gás, principalmente nos refrigeradores, fez com que o buraco continuasse aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade. De qualquer forma, temos que evitar ao máximo a utilização desse gás, para que possamos garantir a sobrevivência de nossa espécie.


O buraco

A região mais afetada pela destruição da camada de ozônio é a Antártida. Nessa região, principalmente no mês de setembro, quase a metade da concentração de ozônio é misteriosamente sugada da atmosfera. Esse fenômeno deixa à mercê dos raios ultravioletas uma área de 31 milhões de quilômetros quadrados, maior que toda a América do Sul, ou 15% da superfície do planeta. Nas demais áreas do planeta, a diminuição da camada de ozônio também é sensível; de 3 a 7% do ozônio que a compunha já foi destruído pelo homem. O que são os raios ultravioletaRaios ultravioletas são ondas semelhantes a ondas luminosas, as quais se encontram exatamente acima do extremo violeta do espectro da luz visível.

A reação


As moléculas de clorofluorcarbono, passam intactas pela troposfera, que é a parte da atmosfera que vai da superfície até uma altitude média de 10.000 metros. Em seguida essas moléculas atingem a estratosfera, onde os raios ultravioletas do sol aparecem em maior quantidade. Esses raios quebram as partículas de clorofluorcarbono liberando o átomo de cloro. Este átomo, então, rompe a molécula de ozônio, formando monóxido de cloro e oxigênio.A reação tem continuidade e logo o átomo de cloro libera o de oxigênio que se liga a um átomo de oxigênio de outra molécula de ozônio, e o átomo de cloro passa a destruir outra molécula de ozônio, criando uma reação em cadeia.Por outro lado, existe a reação que beneficia a camada de ozônio: Quando a luz solar atua sobre óxidos de nitrogênio, estes podem reagir liberando os átomos de oxigênio, que se combinam e produzem ozônio. Estes óxidos de nitrogênio são produzidos continuamente pelos veículos automotores, resultado da queima de combustíveis fósseis. Infelizmente, a produção de clorofluorcarbono, mesmo sendo menor que a de óxidos de nitrogênio, consegue, devido à reação em cadeia já explicada, destruir um número bem maior de moléculas de ozônio que as produzidas pelos automóveis.


Na Antártida


Em todo o mundo as massas de ar circulam, sendo que um poluente lançado no Brasil pode atingir a Europa devido a correntes de convecção. Na Antártida, devido ao rigoroso inverno de seis meses, essa circulação de ar não ocorre e, assim, formam-se círculos de convecção exclusivos daquela área. Os poluentes atraídos durante o verão permanecem na Antártida até a época de subirem para a estratosfera. Ao chegar o verão, os primeiros raios de sol quebram as moléculas de clorofluorcarbono encontradas nessa área, iniciando a reação. Foi constatado que na atmosfera da Antártida, a concentração de monóxido de cloro é cem vezes maior que em qualquer outra parte do mundo.No Brasil ainda há pouco com que se preocuparNo Brasil, a camada de ozônio ainda não perdeu 5% do seu tamanho original, de acordo com os instrumentos medidores do Instituto de Pesquisas Espaciais. O instituto acompanha a movimentação do gás na atmosfera desde 1978 e até hoje não detectou nenhuma variação significante, provavelmente pela pouca produção de clorofluorcarbono no Brasil em comparação com os países de primeiro mundo. No Brasil apenas 5% dos aerossóis utilizam clorofluorcarbono, já que uma mistura de butano e propano é significativamente mais barata, funcionando perfeitamente em substituição ao clorofluorcarbono.


Os males
A principal conseqüência da destruição da camada de ozônio será o grande aumento da incidência de câncer de pele, desde que os raios ultravioletas são mutagênicos. Além disso, existe a hipótese segundo a qual a destruição da camada de ozônio pode causar desequilíbrio no clima, resultando no efeito estufa, o que causaria o descongelamento das geleiras polares e conseqüente inundação de muitos territórios que atualmente se encontram em condições de habitação. De qualquer forma, a maior preocupação dos cientistas é mesmo com o câncer de pele, cuja incidência vem aumentando nos últimos vinte anos. Cada vez mais aconselha-se a evitar o sol nas horas em que esteja muito forte, assim como a utilização de filtros solares, únicas maneiras de se prevenir e de se proteger a pele.
Em 2009, expectativas de acordo com a ONU

O buraco da camada de ozônio sobre o oceano Antártico deve ser menor em dois milhões de quilômetros quadrados em relação a 2008, informou a OMM (Organização Meteorológica Mundial) nesta quarta-feira (16).
"As condições meteorológicas observadas indicam que, em 2009, o buraco da camada de ozônio pode ser menor do que era em 2006 e 2008 e igual ao de 2007 [ou seja, 25 milhões de quilômetros quadrados]", destacou a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) em um comunicado.

O buraco na camada de ozônio sobre o Antártico foi descoberto em 1980. Ele se forma regularmente a partir de agosto e alcança seu tamanho máximo no fim de setembro ou início de outubro, antes de se fechar novamente em meados de dezembro.
"Este ano, o buraco começou a se abrir antes do habitual", segundo o especialista em ozônio da OMM Geir Braathen. Agora está com 24 milhões de quilômetros quadrados, informou ele.
Segundo os cientistas, os danos causados pelo homem são tantos que a camada de ozônio só pode recuperar seu estado normal em 2075. O ozônio protege a Terra dos raios ultravioletas do sol, que podem provocar queimaduras, lesões oculares e câncer de pele.



CFC

Os principais responsáveis pelo buraco na camada de ozônio, os gases CFC(clorofluorcarbonetos) --que eram utilizados como refrigerantes e gás propulsor de aerosóis-- foram proscritos pelo Protocolo de Montreal de 1987, mas ainda podem permanecer na atmosfera durante muitos anos.

















quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Efeito Estufa

O que é o Efeito Estufa ?

Efeito estufa é o aquecimento gradual do planeta provocado pelo acúmulo de certos gases na atmosfera, principalmente dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2). Os gases à base de carbono são conhecidos como gases estufa.



O efeito estufa tem um lado bom. A camada de gases em torno da Terra serve para manter a temperatura do planeta nos limites adequados para a vida. Sem essa "manta" que retém o calor, a atmosfera seria cerca de 18 graus Celcius mais fria.

O aspecto negativo do efeito estufa está relacionado à ação do homem. A atmosfera da Terra formou-se lentamente, em bilhões de ano. De repente, em poucas décadas, a grande produção de gases estufa pelo homem ameaça alterar seu equilíbrio, tornando-a cada vez mais espessa, o que resultaria na retenção de mais calor sobre a superfície da Terra.
Não há dúvida sobre o papel dos gases no aquecimento global. Mas ainda há discussões sobre o verdadeiro papel do dióxido de carbono emitido por atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão) e a fumaça das queimadas.


Foi provado o aumento da temperatura média do planeta nos últimos anos. Também já foi mostrado o aumento da emissão de gases estufa por atividades humanas. Mas não se estabeleceu ainda um clara relação de causa e efeito entre esses dois fatos. O aumento da temperatura poderia ser uma oscilação natural do planeta.

Estuda-se também o papel dos oceanos. Eles cobrem três quartos da superfície do planeta. Grande parte do carbono é produzido nos oceanos através do fitoplâncton, minúsculos organismos vegetais. Qual a verdadeira capacidade de o mar servir de "depósito " de carbono? É mais um tema em discussão.

Mesmo com tantas incertezas, é melhor tomar medidas de redução dos gases estufa antes que seja tarde.

Floresta Amazônica





A flora amazônica ainda é praticamente desconhecida, com um fantástico potencial de plantas utilizáveis para o paisagismo, e é constituída principalmente de plantas herbáceas de rara beleza, pertencentes às famílias das Arácea, Heliconiaceæ, Marantácea, Rubiácea, entre outras. Essa flora herbácea alem do aspecto ornamental, seja pela forma ou pelo colorido da inflorescência, desempenha vital função no equilíbrio do ecossistema. Como exemplo, temos as helicônias, com uma grande variedade de espécies com coloridas inflorescências. São de presença marcante nas nossas matas úmidas e tem uma importante função no equilíbrio ecológico. No continente americano, as helicônias são polinizadas exclusivamente pelos beija-flores que, por sua vez são os maiores controladores biológicos do mosquito palha Phletbotomus, transmissor da leishmânia, muito abundante na Amazônia desmatada. A alimentação dos beija-flores chega a ser de até 80% de néctar das helicônias na época da floração das espécies. Com poucas espécies herbáceas e a grande maioria com espécies de grande porte, as palmeiras tem uma exuberante presença nas matas ribeirinhas, alagadas e nas serras, formando um destaque especial na paisagem amazônica. Muitas palmeiras amazônicas, como tucumã, inajá, buritirana, pupunha, caioué e outras espécies de classificação desconhecida foram muito pouco ou nada utilizadas para o paisagismo. Quanto às árvores, o vastíssimo mar verde amazônico tem um número incalculável de espécies. Algumas delas, endêmicas em determinadas regiões da floresta foram ou estão sendo indiscriminadamente destruídas, sem que suas propriedades sejam conhecidas. Dentre as árvores mais conhecidas utilizáveis para o paisagismo, estão o visgueiro, os ingás, a suma uma, muitas espécies de figueiras, os taxizeiros, a moela de mutum, a seringueira e o bálsamo. Crescendo sob as árvores amazônicas, encontram-se plantas epífitas, como: bromélias, orquídeas, imbés e cactos. Essas plantas são importantes para a fauna que vive exclusivamente nos galhos e copas das árvores. Dentre os animais que se integram na comunidade epífita, temos os macacos, os sagüis. as jaguatiricas, os gatos-do-mato, lagartos, araras, papagaios, tucanos e muitos outros que se especializaram nesse habitat, acima do solo. Com o corte das árvores, as epífitas desaparecem e, com elas, toda a fauna associada. Muitas dessas plantas epífitas de rara beleza foram muito bem retratadas pela pintora Margaret Mee, durante as várias excursões que realizou na floresta amazônica. Outrora abundantes em determinadas regiões, hoje grande parte dessas plantas se encontra em populações reduzidas. Certamente a região amazônica tem um gigantesco potencial madeireiro, de plantas utilizáveis para o paisagismo e de espécies vegetais com substâncias para uso medicinal. Mas é necessário que tais recursos sejam mantidos de forma renovável. A floresta amazônica ensina que o extrativismo indiscriminado apenas desertifica, pois ela é mantida pela camada de húmus em um solo fresco, muitas vezes arenoso. Portanto, é imprescindível utilizar a floresta de uma forma racional. Explorando-a, mas renovando-a com as mesmas espécies nativas; e, principalmente, preservando as regiões de santuários de flora e fauna, que muito valerão, tanto no equilíbrio ecológico, quanto no regime de chuvas e na utilização para o turismo. A Amazônica, com seus 6,5 milhões de Km2 é a maior floresta tropical do mundo. Abrangendo nove países, ocupa quase metade da América do Sul. A maior parte da floresta – 3,5 milhões de Km2 – encontra – se em território brasileiro. Essa área, somada à da Mata Atlântica, representa 1/3 do total ocupado por floresta tropicais no planeta. Além da mata, existem na Amazônia áreas de cerrados e outras formações diversas, perfazendo um total de 5,029 milhões de Km2, conhecido como Amazônia legal. Com relação ao relevo, encontrando ali três formações principais. Ao sul localiza-se o planalto Central, ao norte, o planalto das Guianas e, ao centro, a planície sedimentar Amazônica, todos os com altitudes inferiores a 1500m. Na planície Amazônica destacam-se dois tipos de relevo: as várzeas, que por se estenderem ao longo dos rios estão sempre inundados, e as terras firmes, que cobrem a maior parte da planície e constituem o domínio da grande floresta.



Enorme riqueza sobre solo pobres


O solo amazônico apresenta baixos índices de nutrientes, é ligeiramente ácido e bastante arenoso, características que permitem classificá-lo como extremamente pobre. A presença de grande quantidade de matéria orgânica, carregada desde os Andes pelos rios, faz das várzeas as únicas áreas agricultáveis da Amazônia. Na verdade, como em toda mata tropical, os nutrientes minerais encontram-se quase totalmente na biomassa vegetal ficando uma pequena quantidade no solo, sobretudo na camada superficial de húmus. A rápida reciclagem desses nutrientes, decompostos pelos microorganismo do solo e reabsorvido pelas árvores, garante o equilíbrio necessário a manutenção da floresta. A única função revelante do solo é a de dar suporte físico à vegetação. De acordo com estudos do projeto Radam – Brasil, apenas pouco mais de 10% da Amazônia possuem solo de fertilidade compatível com a atividades agrícolas.



As águas e o clima: um casamento indissolúvel


O sistema hídrico da região Amazônica é o mais imponente do mundo. O rio Amazonas e seus mais de mil afluente forma uma bacia que comporta 1/5 de toda a água doce em forma líquida do planeta. Nascendo na geleira de Yarupa, no Peru, a uma altitude de 5000m, e possuindo 6500 km de extensão, com largura de até 100 km, o Amazonas é o maio rio do mundo em volume de água, e o segundo maior em extensão. Sua declividade no território brasileiro é de apenas 65m, e a profundidade pode atingir 100m. Outras bacias importantes na região são a do Tocantins-Araguaia e a do Orinoco. O clima é quente quase o ano inteiro, com uma temperatura média de 25ºC, pouco flutuante ao longo das estações. A região mais úmida do país apresenta uma pluviosidade média de 2000 mm ao ano. As chuvas ocorrem no inverno, que dura aproximadamente 150 dias, e caem sob a forma de grandes temporais. O encontro de duas massas de ar, uma vinda do Atlântico norte, e outra, do Atlântico sul, é responsável por essas chuvas, sempre seguidas de céu limpo. Das chuvas que caem na bacia Amazônia, 50% provêm de água evaporada na própria bacia. A chuva resfria o ar acima da copa das árvores e este, ao se com o ar mais quente do interior da mata, provoca a condensação que irá formar novas nuvens. No verão, as nuvens formadas sobre a mata deslocam-se para o sul e são responsáveis pelas chuvas de todo o planalto Central brasileiro.



A incrível diversidade biológica



Calcula-se que dentro da floresta amazônica convivem em harmonia mais de 20% de todas as espécies vivas do planeta, sendo 20 mil de vegetais superiores, 1400 de peixes, 300 de mamíferos e 1300 de pássaros, sem falar das dezenas de milhares de espécies de insetos, outros invertebrados e microorganismos. Para se Ter idéia do que isso significa, existem mais espécies vegetais num hectare de floresta amazônica de que em todo o território europeu. A castanheira é o exemplo mais típico de árvore amazônica, sendo uma das mais imponentes da mata. De toda essa variedade, metade permanece ainda desconhecida da ciência, havendo muitas espécies endêmicas, ou seja, que vivem apenas numa localidade restrita, não ocorrendo em outras regiões. A vegetação pode ser classificada em: mata de terra firme (sempre seca), mata de várzea (que se alaga na época das chuvas) e mata de igapó (perenemente alagada). Como já dissemos, existem também, em menor quantidade, áreas de cerrado, campos e vegetação litorânea.



O equilíbrio natural da floresta


A Amazônia, como floresta tropical que é, apresenta-se como um ecossistema extremamente complexo e delicado. Sua incrível diversidade biológicas de difícil compreensão. As imensas árvores retiram do solo toda a matéria orgânica nele existente, restando apenas um pouco na fina camada de húmus, onde os decompositores garantem a reciclagem de nutrientes. A retirada desses minerais é tão intensa que alguns rios amazônicos têm suas águas quase destiladas. Ficando praticamente sem matéria orgânica, os peixes e animais aquáticos dependem, para se alimentar, das folhas e dos frutos que caem das árvores. Para que possa ocorrer a reciclagem dos nutrientes, é preciso haver um grande número de espécies de plantas, pois cada uma desempenha uma função no ecossistema. As monoculturas naturalmente comprometem esse mecanismo e, por isso mesmo, não são recomendáveis.

Os animais, que se alimentam das plantas ou de outros animais, também contribuem, com suas fezes, para o retorno da matéria orgânica ao solo. Além disso, eles têm importante participação na polinização das flores e na dispersão dos frutos e das sementes.

As constantes chuvas que caem na Amazônia têm um papel fundamental na manutenção do ecossistema. Muitas vezes as águas nem chegam a atingir o solo, uma vez que ficam retidas nas diversas camadas de vegetação, sendo rapidamente absorvidas ou evaporando-se ao término da chuva. São elas que garantem a exuberância da floresta. Todos os elementos, clima, solo, fauna e flora, estão tão estreitamente relacionados que não se pode considerar nenhum deles como o principal. Todos contribuem para a manutenção do equilíbrio, e a ausência de qualquer um deles é suficiente para desarranjar o ecossistema.

Retirando-se a vegetação, por exemplo, esta levaria consigo a maior parte dos nutrientes, e o pouco que restasse seria carregado pelas fortes chuvas que passariam a atingir diretamente o solo. Sem a existência dessa matéria orgânica, a floresta não conseguiria se reconstituir, e a tendência natural seria sua desertificação. Dificilmente, porém, teríamos um deserto total, pois a permanência dos ventos alíseos oriundos do oceano é capaz de garantir a umidade necessária para algumas formas de vegetação.

Mas de qualquer maneira o ecossistema estaria destruído. E qual seria a conseqüência disso para o globo? Durante muito tempo atribuiu-se à Amazônia o papel do “pulmão do mundo”. Hoje sabe-se que a quantidade de oxigênio que a floresta produz durante o dia, pelo processo da fotossíntese, é consumido à noite. No entanto, devido às alterações climáticas que causa no planeta, ela vem sendo chamada de “o condicionador de ar”. “O desmatamento da Amazônia pode, aparentemente, causar alterações no clima de todo o planeta, com uma possível elevação da temperatura global pela eliminação da evapotranspiração”. Além disso, o gás carbônico liberado pela queima de suas árvores poderia contribuir para o chamado efeito estufa, novamente aquecendo a atmosfera.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O meio ambiente


Em biologia, sobretudo na ecologia e ambientologia, meio ambiente é o conjunto de todos os factores que afetam diretamente o metabolismo ou o comportamento dos seres vivos que habitam no mesmo ambiente, que é chamado de biótopo. Esses factores incluem a luz, o ar, a água, o solo (chamados factores abióticos) e os próprios seres vivos, nas suas relações ecológicas (factores bióticos)


Meio ambiente abiótico

O meio ambiente abiótico inclui factores como solo, água, atmosfera e radiação. É constituído de muitas forças que se influenciam entre si e influenciam a comunidade de seres vivos que os cercam. Por exemplo, a corrente de um rio pode influir na forma das pedras que fazem ao longo do fundo do rio. Mas a temperatura, limpidez da água e sua composição química também podem influenciar toda sorte de plantas e animais e sua maneira de viver. Um importante grupo de factores ambientais abióticos constitui o que se chama de clima.

Meio ambiente biótico

Todo ser vivo se encontra em um meio que lhe condiciona a evolução de acordo com o seu patrimônio genético. A reacção (evolução) leva à individualização dos seres e a sua adaptação ao modo de vida. Quando o meio muda, o organismo reage através de uma nova adaptação (dentro da faixa permitida pelo patrimônio hereditário) que, segundo Lamarck, seria sempre eficaz.
A
locomoção, no reino animal, e a dispersão dos diásporos, no reino vegetal, permitem às espécies instalarem-se em novos ambientes, mais favoráveis. É o aspecto principal da migração. O organismo pode, também, diminuir as trocas ou contactos com um meio hostil através da reclusão (construção de um abrigo, enquistamentos, anidrobiose
e outros)

Ambientes naturais

Ambientes naturais são aqueles que se formaram sem intervenção humana, como os lagos, pântanos, oceanos. Entretanto, esses ambientes não são estáticos, têm sua dinâmica e, em muitos casos, são influenciados pela ação humana.

Meio-ambiente artificial

Ambientes artificiais são aqueles que se formaram com a intervenção do Homem, como jardins, salinas, campos cultivados e o próprio ambiente urbano.